A auto-aceitação e suas vantagens - #SomosApenasHumanos

Continuando o Auto-estima e eu - #IAmOnlyLittleHuman, dessa vez falando um pouco mais sobre mim e como eu aceitei meu corpo, meu tipo de rosto,  meu estilo, como me aceitei por inteiro hahaha...

Eu nunca fui fã número um de mim mesma, nunca me achei muito bonita de verdade, ou legal, ou inteligente, ou esperta, sempre me considerei na média baixa... Talvez porque sempre tiveram essa maldita mania de me comparar quando eu era pequena, então desde sempre eu tenho um padrão, um modelo, algo para tentar ser, e por sempre me compararem quando eu era menininha eu peguei essa mania de me comparar - negativamente, quase sempre, - então para mim nunca eu irei atingir algum objetivo, sempre vou ser aquela garota estranha e apenas bonitinha...

Quando eu tinha 14, 15 anos, aquela idade chata em que te zoam por ainda assistir os desenho do Bom Dia e Cia., te julgam muito criança por não usar maquiagem... mas o pior com certeza era aquela pressão ridícula por causa o BV, ah mas que porre era aquele, e o pior era que nenhum menino se interessava por mim, na verdade até hoje isso acontece, todas as minha amigas já tinham beijado, ficado ou namorado algum garoto e eu estava lá sobrando.

Comecei a pensei que era algo de errado comigo e fiz a pior coisa do mundo, me comparei com minhas amigas... e percebi o seguinte todas já tinham corpos bem desenvolvidos, corpos de mulher mesmo e eu continuava uma criancinha, baixinha, com o atributos físicos pequenos e o pior de tudo, uma barriguinha saliente, o pior que é apenas a barriga que era mais grandinha, tinha/tenho seios pequenos, braços e pernas finas, então tomei como uma verdade a de que eu tinha pança e por isso eu era feia ...

Parei de comer direito; pulava frequentemente o café da manhã e janta, e só almoçava um pouco de arroz e ovo frito e refrigerante, sim minha alimentação era horrível, me julguem, mas deu certo, eu emagreci, fiquei mais parecida com as meninas da minha idade, mais bonita, meno infantil.

Mas continuava pequena, baixinha e um tanto miúda, que comecei a achar isso bom, podia ser pequena, mas era tudo proporcional.

Comecei a reparar os defeitos alheios para começar a me sentir bem, coisa que admito que foi horrível, se antes eu só via o que eles tinham de qualidades superiores as minhas, agora eu via seus defeitos... cabelo crespo, alisado, gorda, magrela... lembrando disso me sinto deplorável.

Eu faço isso de me comparar e ver apena os defeito alheios com menos frequência hoje em dia e uma das metas de 2015 é parar de vez com isso.

Agora eu sei que não devo encucar muito com minha aparência, ou minha beleza, ou o que acham de mim, que todo isso depende unicamente de mim. E como foi difícil entender isso, entender que eu sou bela apesar de tudo, entender que eu não preciso que alguém confirme isso para mim, entender que o que vale hoje, amanhã e sempre é apenas a minha auto-opinião.

Me aceitei.

Me aceitei com todos meus defeitos, com meu cabelo liso e fino, meu rosto com formato infantil, meu corpo pequeno, o meus gostos peculiares, minha manias chatas, minha voz irritante... me aceitei porque apesar de tantos defeitos eu tenho qualidades, muitas qualidades.

Me aceitei porque meus defeitos que mais odeio não passam de coisas superficiais e que pessoas são, precisam ser, mais do que isso, mais do que cabelo, rosto e corpo.

Espero que todas as meninas se aceitem, que não tenham receio do que vem diante do espelho, pois a auto-aceitação é complicada, mas gratificante. Dizem que a beleza está nos olhos de quem vê, então que sua beleza esteja em seus olhos.